Fotos: Studio F – COUROMODA…..FRANCAL, São Paulo-SP

Para Cônsul, a ordem é ir para o campo e fazer a diferença

Os 27 anos de experiência na representação comercial levaram Carlos Alberto Nunes a se engajar por completo com a profissão. Além de representar as marcas Mariner, Malu, Ibizza e Zotto em todo o Paraná e Terra & Água e Ferma no oeste e sudoeste do Estado, ele é Cônsul da Couromoda no interior paranaense e diretor Estadual da Abrecal.

Tudo começou com muito esforço. “Nos primeiros anos, eu trabalhava no norte do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, sem muitas escolhas. O que me restava era atuar nas menores cidades dessas regiões, onde havia menos concorrência, talvez em razão de que somente cerca de 50% das estradas eram asfaltadas. Contudo, aos 22 anos de idade me sobrava disposição e, após mostrar os primeiros resultados de meu trabalho, contei com a oportunidade de trabalhar no oeste e sudoeste do Paraná, onde resido até hoje”, relata ele, que mantém escritório na cidade de Toledo.

À frente de uma equipe de seis prepostos, Nunes enfatiza a conexão integral como um importante auxílio nas vendas. “Hoje podemos digitar pedidos nos tablets e, até mesmo, fazer reuniões por vídeo conferência. Esta realidade é muito diferente da que conheci quando iniciei minha carreira. Primeiramente, demorávamos mais de uma semana para enviar os pedidos. Depois, veio o fax, que nos fez enfrentar filas e mais filas nos hotéis que ofereciam o aparelho”, lembra.

Das alegrias da profissão, Nunes destaca ganhos que vão além da questão financeira: “Tenho muita gratidão pelas amizades que formei, seja com clientes, fabricantes ou colegas representantes”.

Parcerias também são memoráveis, como a firmada com a Couromoda. Segundo ele, ser Cônsul da feira é poder conciliar os interesses da promotora com os objetivos dos lojistas de sua região e, assim, conquistar resultados satisfatórios para toda a cadeia calçadista. “A Couromoda é a primeira feira do ano, com os maiores lançamentos da coleção outono-inverno, onde são gerados grandes novos negócios e também de reposições do final do ano, gerando excelentes resultados para fabricantes, clientes e representantes. Não podemos deixar de mencionar ainda a importância da feira para as exportações, pois é notável a presença de estrangeiros importadores negociando com fabricantes nacionais”, avalia.

A Abrecal 
“Até a criação da Abrecal, os representantes comerciais não tinham nenhuma união ou entidade que os representasse a nível nacional. A associação surgiu então com a intenção de defender os interesses desses profissionais e lutar pela garantia de seus direitos, além de reivindicar a busca por descontos em passagens aéreas, na rede hoteleira e até mesmo em automóveis, já que esses são custos rotineiros na nossa profissão. Há também um projeto da Abrecal em prol de unir os profissionais para ter melhores condições de realizar seguro de vida em grupo”, explica Nunes, que integra o Conselho Deliberativo da associação no cargo de diretor estadual.

O calçado, a dedicação e as parcerias
Nunes faz sua análise do mercado atual: “Como todos os setores da economia, a indústria do calçado vem sofrendo com o atual cenário do Brasil. Mas não adianta só lamentar, tem que ir para o campo e fazer a diferença! É  preciso muito trabalho, dedicação, ver o que realmente o cliente quer. Este é um mercado muito bom, temos excelentes fábricas, e a alta do dólar vai melhorar o quadro para as fábricas que trabalham com exportações e, consequentemente, sobra mais espaço no mercado interno”.

E deixa um recado para os lojistas: “Nós, representantes, somos o elo que une as fábricas com os lojistas. Quero agradecer a abertura que os clientes sempre nos dão para que se concretizem essas parcerias”.

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